O réquiem de um dia como qualquer outro

Definitivamente deveria estar dormindo, ou ao menos escutando algo melhor do que a última música do Jaden Smith.

Hoje o dia no trabalho foi deveras cansativo e estressante, como de costume. Tenho cerca de dez dias na empresa e diariamente passo por situações de pura pressão, onde meus nervos são testados do momento que entro, até o minuto que saio. É como se estivessem tentando forjar diamantes ali dentro. O que não acho ruim, mas devo admitir, que o processo é muito penoso.

Sou confeiteiro, em inicio de carreira, mas que ainda assim já penei bastante em minha vida profissional. Acabei arrumando emprego em um lugar grande, com pessoas viajadas ao meu lado, média de idade de 25 anos, boa parte do time é muito comprometido e quem está a nossa frente é uma chef talentosa e muito exigente. Hoje mesmo ela me deu uns três puxões de orelha que doeram no fundo do peito, fora outras ocasiões em que, sem levantar a voz ou xingamento, quase me fez chorar. Exagero? Não! Conversando com amigos de trabalho, chegamos a essa conclusão, afinal todos já haviam passado por isso.

As vezes me pergunto “porque estou aqui?” afinal, existem momentos do meu dia em que questiono todas as decisões que me trouxeram até aqui. Talvez seja uma condição que acompanha o inicio de qualquer carreira, ou pode ser a solidão que me acompanha pelas ruas do Butantã, ou até mesmo o sentimento saudosista que acompanha certos elementos de minha vida que deixei para trás. De qualquer forma, sigo em frente, levando muita pressão e tentando segurar o rojão que eu mesmo inventei de acender.

Antes de ir gostaria de deixar registrado. Estava conversando com uma amiga essa semana, e fui explicar um pouco das dificuldades que todo cozinheiro acaba enfrentando, e não pude deixar de reparar no quanto ela ficou surpresa com o que disse. Amanhã pretendo fazer um post falando um pouco a respeito, acredito que vai resultar em algo legal  : )

No mais, estou indo descansar, amanhã promete tanto quanto hoje.

Escrito ao som de:

 

Autor: smokeinairplanes

Sonhador, longe de casa, 24 anos, degustando as ilusões da vida adulta à seco.

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