17°

Do outro lado do salão a suposta arte se mantém firme

Couro falso e o ‘portão do oeste’ completam a cena

Bairro nobre e mão de obra nem tanto assim

Ao embalo do trepidar das catracas sigo a observar.
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Erraram meu pedido e agora o amargo me fugiu ao paladar

A cafeteria é úmida e fria

Em certo ponto o arrependimento veio

Bom, só me resta o caminho de volta.
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Antes de sair confiro os bolsos, mania chata.

Essa brincadeira de gato e rato consegue ser pior.

A minha direita existe um ruído

Aquele copo de papel já não me aquece aquele como antes.

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Existe uma batalha silenciosa no ar. Consegue ouvir?

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https://youtu.be/ou-rVp6EbhM

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Introspecção

Domingo à noite, já sinto a melancolia à espreita.

Domingo, final de tarde, xícara com café em punhos e já começo a sentir aquela melancolia tomar conta do meu ser. Confesso que esse espaço só existe por conta desse sentimento contraditório, que vem como onda e subverte todo meu ser, deixando um gosto agridoce no paladar. Ou seria esse café com mel que estou tomando?

Bom, confesso que esse último suspiro do final de semana está sendo um tanto quanto prazeroso, apesar dos acontecidos (vide post anterior). 

Estava conversando com I. e em meio a nossa discussão, ela veio perguntar porque os derradeiros momentos do final de semana eram tão contraditórios. Não sei para vocês, mas para minha pessoa, sinto como se estivesse em meio a uma disputa, onde a anunciação da nova semana lutasse contra o ferido e experiente final de semana, onde a vitória seria recompensada com meu amor. Geralmente o nobre cavaleiro semanal vence e me faz ficar de molho em casa, recuperando forças para o que me espera no dia seguinte, mas vez ou outra, o experiente final de semana vence e me faz aventurar em alguma última farra, como quem se despede de um grande amigo. 

Sabe, quanto mais envelheço, mais nítida essa luta se torna.

Esse papo está bem abstrato mas imagino que não seja de impossível compreensão. Quando for mais tarde, certamente a melancolia irá se abater sobre esse que vos fala, aí elaboro um post mais leve, certamente cheio de memes, para finalizar essa domingueira.

(Blogar através do celular é muito ruim)

Escrito ao som de: Lazerhawk – So Far Away

Dos chutes na cara que a vida te dá

Bom, estava tudo correndo nos conformes nesse glorioso sabadão. Pena que a vida me avistou e resolveu aplicar um belíssimo wazari, o que resultou em um massacre unilateral da tela de meu computador.

Pois é meus amigos, a vida mandou um recado simples e eficaz, deixando claro que ela não está de brincadeira nesse rolê. É difícil segurar as pontas quando tudo está bem e do nada se leva um revez desse. Praguejei em grego antigo quando vi todos aqueles pixels queimados da pobre tela do meu companheiro.

Nesse momento estou um pouco mais calmo, afinal já bebi o suficiente e ouvi os raps certos, além de um amigo me estimular a escrever, aqui pelo celular mesmo, obrigado Z.

Bom, não vou me delongar muito, mas tenham em mente que as coisas podem sempre piorar, não importa a atual conjuntura da situação, além do que dificuldades são extremamente relativas. Tentem não reclamar tanto, afinal sempre vai existir alguém pior ou melhor que você, eu, e qualquer outra pessoa.

Acho que esse parágrafo acima não é exatamente o melhor para finalizar, entretanto sei que entenderam o recado. Espero que o sabadão de vocês esteja melhor que o meu, da I., ou do Z.

Até mais pessoal, nos vemos quando der 🙂

Escrito ao som de: Post Malone – Go Flex

Memória fotográfica

Bom, a ideia é não deixar o blog sem atualizações diárias, e enquanto vagava através da galeria de meu celular, tive a idéia de compartilhar algumas de minhas desventuras fotográficas. Espero que gostem.

Mini galinhas – Lembro muito bem da ocasião. Era uma manhã de sábado, saí com meu pai para resolver alguns assuntos ligados a fazenda. Chovia muito e me lembro perfeitamente quando deparei com essas coisinhas em uma loja de artigos agrícolas. Demorou cerca de uma vinte minutos para tirar uma foto minimamente satisfatória, mas o resultado está aí.

Tirada em Janeiro de 2017

Catiorro show show – Na ocasião havia acabado de almoçar e partimos para resolver alguns assuntos relacionados ao trabalho. Encontrei esse doguinho em uma oficina a qual fomos comprar um barril de carvalho. Confesso que não sou acostumado com cachorros, ainda mais de grande porte, mas esse era extremamente comportado, brincalhão e fotogênico. Não se opôs a uma foto.

Tirada em Agosto de 2017

Hamtaro – Animais pequenos são mais a minha praia. Neste dia estávamos resolvendo assuntos relacionados ao trabalho também, porém algo nos levou a um petshop. Enquanto um amigo ficava boquiaberto com a variedade de peixes ornamentais que haviam no lugar, encontrei esses simpáticos hamsters, me corrijam se eu estiver errado, e logo fiz uma certa amizade. Essas bolinhas de pelo são muito carismáticas e senti muita vontade de levar um comigo. Estou me perguntado até agora porque não o fiz.

Tirada em Setembro de 2017, poucos dias atrás.

Escrito ao som de: SOJA – Be With Me Now

DEVOLVE AÍ IRMÃO!

Se sair de casa sem celular me faz sentir nú, imagina só quando alguém começa a explorar minha intimidade móvel sem consentimento prévio, me sinto assediado!

Talvez assédio seja uma palavra meio forte, mas convenhamos, todos sentem aquela pontada no peito ao entregar o celular na mão do coleguinha para ele ver X, e quando você se dá conta ele está vendo Y, Z, perigando trombar até com aquele nude enterrado nos confins da bendita galeria de fotos.

Estava conversando com uma amiga, e papo vai papo vem, esse assunto acabou surgindo, logo minha cabeça começou a trabalhar nessa relação que existe entre intimidade x celular. Claro, existem dois tipos de pessoas, as que usam o aparelho como uma simples ferramenta, usada de vez em quando, e aqueles que usam o celular como um espécie de compilador de toda a sua vida, e gostaria de admitir que pertenço a esse segundo grupo, afinal se parar para pensar, boa parte da minha existência nos últimos meses está sintetizada naquele pequeno aparelho.

Sabe, não é como se tivesse recheado de gente nua e sexo selvagem, mas meu celular tem bons momentos de minha intimidade, tipo aquelas fotos da galera, marmanjos entre 21/24 anos, brincando em um parquinho em plena madrugada, ou foto de umas comidas feias que faço, fotos de minha família no cotidiano, prints de coisas bobas que vejo no Instagram e mais uma série de bobeiras que são importantes para minha pessoa, as quais se eu não estiver na vibe, vou proteger dos olhos alheios com unhas e dentes. Basicamente o que todo mundo faz, exceto a galera que é usuário ativo do Tinder.

 

Escrito ao som de: RICE BALLS – Pink Guy

Link: https://youtu.be/LeMVDuIO3J0