Final de tarde, hora de tomar aquela xícara de café quente, ou gelado, não é?
Aqui onde moro acabou de ser agraciado com um belo dia de chuva, e com o embalo desse clima aconchegante venho dar continuidade àquela séria de posts, dessa vez explanando, por alto, alguns métodos de extração.
Aconselho que leiam meu outro post sobre café, que introduz alguns cuidados que são fortemente aconselhados na hora de preparar uma xícara da bebida.
https://smokeinairplanes.wordpress.com/2017/09/22/6-passos-para-um-otimo-cafe/
Prensa Francesa
A prensa clássica proporciona uma excelente bebida. Simples e rápida, ela infunde a água e o café juntos; depois, o filtro de malha empurra o pó e o separa dos óleos essenciais e das partículas mais grossas, o que ainda resulta em uma textura particular, devido as partículas finas em suspensão na bebida. Devido a ausência de filtragem por gravidade ou pressão, seu tempo de infusão deve ser mais prolongado, variando de quatro a cinco minutos. Também aprecio a prensa francesa por possibilitar que se sirvam várias pessoas de forma de forma charmosa e elegante, afinal a própria cafeteira, assim como a Chemex, serve como jarra de serviço.

Filtro de Papel, pano, Chemex, V60.
A filtragem por meio de papel, ou pano, é sem dúvidas o método mais popular no Brasil, por ser limpo, descomplicado e consequentemente prático. Nele o pó fica disposto no equipamento de filtragem e logo em seguida é rapidamente infusionado com a água, resultando em uma bebida de corpo leve. Nele as partículas do pó são inteiramente separadas do líquido, ideal para quem se incomoda com a famosa “borra”.
É importante salientar a diferença entre a filtragem por papel e pano, por mais que seja sútil. A principal diferença se dá por conta dos micro furos que existem entre as malhas do tecido e os que são propositalmente feitos no papel, podendo variar dependendo da marca e modelo. Na prática os óleos essenciais conseguem atravessar com muito mais facilidade as tramas do tecido, enquanto no papel esse processo é mais difícil, não que seja inexistente. A presença ou não dos óleos tornam a bebida mais ou menos densa, chegando a ficar mais aveludada com óleos. Além de que alguns apreciam bastante o gosto residual que o próprio coador confere a bebida.


Aeropress
Inventada em 2005, pelo engenheiro mecânico Alan Adler, o método vem se popularizando nas cafeterias ao redor do país. Rápida e higiênica, a AeroPress prepara desde cafés à moda de filtro até um mais forte e concentrado, que pode até mesmo ser diluído depois de pronto. Parece uma seringa gigante, de funcionamento bem simples. Nela o café é misturado com água fervida separadamente, é pressionado pelo êmbolo e extraído através de um filtro de papel que se encontra em sua base. A combinação de filtragem rápida e pressão, ajuda a extrair melhor os óleos essenciais e açúcares do café. Ao mesmo tempo, evita a extração prolongada da cafeína e de outros componentes que conferem amargor à bebida.

Mocha ou Cafeteira Italiana
Conhecida por Moka Pot, Mocha ou Cafeteira Italiana, esse método funciona por pressão de vapor, o que confere uma textura muito semelhante a do expresso. Nesta cafeteira existem dois compartimentos que se comunicam por um filtro de metal perfurado, localizado na parte central. O café moído é colocado na parte superior, enquanto a água fica na parte inferior do equipamento. Coloca-se a cafeteira no fogo e, com o aquecimento, há a passagem da água sob pressão de vapor, para o compartimento superior, através do café. Indicado para aqueles que preferem uma bebida mais intensa ou preparo de bebidas lácteas.

Bom, esses são somente alguns dos métodos, e logo menos posto a segunda parte com mais alguns. É importante ressaltar que usei como base, além do que aprendi nos últimos anos, os excelentes livros “O livro do Café – Publifolha” e o “Chefs: Café – Melhoramentos” para escrever esse post. Indico fortemente ambos os livros para aqueles que querem se aprofundar nos estudos do café.
Até a próxima.
Escrito ao som de: Post Malone – Congratulations ft. Quavo