Domingo à noite.

Não sei se já sentiu isso, mas sabe àquela sensação esquisita que vem ao final de cada domingo? Um tipo de vazio sem razão, motivado por qualquer coisa, melancólico e que só passa na segunda de manhã? Pois é, eis que mais uma vez ele me traz até aqui.

É interessante notar o quanto pode ser subjetiva essa percepção, até quando eu mesmo sou o referencial. Todo domingo me pego vivendo esse sentimento agridoce. Tem períodos que vem embalado por uma percepção saudosista, outros chega travestido de solidão, ou as vezes, o que traz é a sensação de tudo estar fora do lugar.

Quando olho para trás percebo o quanto algumas coisa mudaram, em contra partida  outras só trocam de roupa. Quando mais novo também sentia assim nas derradeiras horas do domingo, ou primeiras da segunda. O motivo, como já disse, variava, mas seguia firme. Teve a época de escola, rodeado de familiares e amigos, então veio a faculdade, com menos amigos e nenhum familiar, e os problemas da vida “adulta”. Então teve o trabalho, árduo. Depois veio outra graduação, estágio, novas percepções e uma disposição mais bem trabalhada. As coisas sempre mudaram, algumas vezes em excesso, mas o domingo sempre foi igual.

Quem sabe o que isso pode significar?  Talvez seja somente uma forma de me sentir mais humano, ou de me destruir um pouco mais depressa. Seja como for, amanhã tudo vai ter passado e o corre continua.

 

A leitura faz mais sentido se ouvir isto.

 

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Meu querido castelo

O relógio marca 06:06. Lembro de um tempo em que meus amigos e eu atribuíamos significados para horários de números repetidos. Chega a ser engraçado lembrar do que passou, afinal me sinto enclausurado no passado, tentando fugir para um futuro que me empurra para trás.

Hoje o meu castelo de papel foi atingido por uma forte chuva de frustração, o que me faz imaginar se não seria o caso de dar um ou três passos para trás. Observo as marcas em minhas mãos e parte de mim admite derrota. “Porque continuar com esse orgulho?” perguntaram-me hoje.

Não é orgulho, mas também é.

É difícil explicar, mas acredito que existe uma vontade profunda em se fazer o bem para aqueles que gostamos/admiramos, sendo assim, posso dizer que parte daí a minha persistência. É vontade de sorrir, meu amigo.

Ultimamente venho notado que demoro cada vez mais para dar o primeiro sorriso do dia e, as vezes, esse permanece escondido por mais de vinte/ trinta e tantas horas. Triste, porém necessário? Ainda não tenho essa resposta.

S, F, I, R, V, estou tentando.

J, D, G, as coisas andam meio turvas, é difícil não se deixar abater.

06:22 e continuo ouvindo músicas de jogos que nunca joguei, mas que representam muito bem o refúgio que um dia chamei de meu. Daquela caixa de sapatos cheia de fitas, aquelas 14”, controles japoneses.

Ontem vieram me perguntar, de um jeito bem estranho, como resolvo meus problemas, e isso me deu uma dor de cabeça. Bem, as cobranças continuam e querendo ou não preciso lidar, ou ao menos tentar. O remédio é muito mais amargo do que eu havia imaginado, talvez devesse ter me preparado de forma melhor.

O amanhã, que tecnicamente já é hoje, me aguarda voraz. Tenho que ir, ouvido?

 

 

 

06:50, tchau.

O mundo é um moinho

Hoje acordei super tarde, vide último post para ver o motivo, e por alguma razão estou com essa ideia do título impressa em meu ser. Seria a depressão de domingo batendo mais cedo que o de costume?

Bem, não sou um grande conhecedor da música nacional, então não me envergonho de admitir que conheço apenas duas músicas do Cartola, mas ainda assim, sinto que cada uma delas toca de forma muito particular e complementar, dentro desse que vos escreve.

Enquanto fazia meu café, sentia o corpo anestesiado por essa ideia, pensando em quantas vezes já não havia sido vítima dessa força descomunal que o mundo já exercerá contra minhas vontades. Ainda estou me recompondo da última pancada, então esse pensamento faz tanto sentido que chega a entristecer. Afinal né sinto à beira de um abismo, figurativamente claro, onde não faço ideia qual rumo deva tomar.

Estou em frente de casa, meu companheiro de morada está na sala vendo um filme de ‘bang, bang’, precisei cortar a conversa com I. na metade e recusar uma das raras ligações de meu irmão, tudo isso para conseguir pegar no celular e simplesmente colocar pra fora essa melancolia que sobre minha pessoa se abateu.

Dias atrás I. comentará o quanto consigo escrever bem quando estou nesse estado mais melancólico do ser. Confesso que gosto quando as coisas fluem bem, mas odeio ficar nesse estado latente, afinal não faz bem para aqueles que estão a minha volta.

Café acabou e acho melhor buscar outra xícara, na verdade acho que vou buscar a garrafa e aproveitar esse final de tarde. Por vezes devo admitir que a melhor companhia é a de si mesmo, afinal, ajuda a sentir o gosto amargo que as situações vividas deixaram na na boca. As vezes dá até para aprender a apreciar essa sensação, diferenciando as nuances e evitando aquilo que é insuportável.
Escrito ao som de: Cartola – O mundo é um moinho

Introspecção

Domingo à noite, já sinto a melancolia à espreita.

Domingo, final de tarde, xícara com café em punhos e já começo a sentir aquela melancolia tomar conta do meu ser. Confesso que esse espaço só existe por conta desse sentimento contraditório, que vem como onda e subverte todo meu ser, deixando um gosto agridoce no paladar. Ou seria esse café com mel que estou tomando?

Bom, confesso que esse último suspiro do final de semana está sendo um tanto quanto prazeroso, apesar dos acontecidos (vide post anterior). 

Estava conversando com I. e em meio a nossa discussão, ela veio perguntar porque os derradeiros momentos do final de semana eram tão contraditórios. Não sei para vocês, mas para minha pessoa, sinto como se estivesse em meio a uma disputa, onde a anunciação da nova semana lutasse contra o ferido e experiente final de semana, onde a vitória seria recompensada com meu amor. Geralmente o nobre cavaleiro semanal vence e me faz ficar de molho em casa, recuperando forças para o que me espera no dia seguinte, mas vez ou outra, o experiente final de semana vence e me faz aventurar em alguma última farra, como quem se despede de um grande amigo. 

Sabe, quanto mais envelheço, mais nítida essa luta se torna.

Esse papo está bem abstrato mas imagino que não seja de impossível compreensão. Quando for mais tarde, certamente a melancolia irá se abater sobre esse que vos fala, aí elaboro um post mais leve, certamente cheio de memes, para finalizar essa domingueira.

(Blogar através do celular é muito ruim)

Escrito ao som de: Lazerhawk – So Far Away

Dos chutes na cara que a vida te dá

Bom, estava tudo correndo nos conformes nesse glorioso sabadão. Pena que a vida me avistou e resolveu aplicar um belíssimo wazari, o que resultou em um massacre unilateral da tela de meu computador.

Pois é meus amigos, a vida mandou um recado simples e eficaz, deixando claro que ela não está de brincadeira nesse rolê. É difícil segurar as pontas quando tudo está bem e do nada se leva um revez desse. Praguejei em grego antigo quando vi todos aqueles pixels queimados da pobre tela do meu companheiro.

Nesse momento estou um pouco mais calmo, afinal já bebi o suficiente e ouvi os raps certos, além de um amigo me estimular a escrever, aqui pelo celular mesmo, obrigado Z.

Bom, não vou me delongar muito, mas tenham em mente que as coisas podem sempre piorar, não importa a atual conjuntura da situação, além do que dificuldades são extremamente relativas. Tentem não reclamar tanto, afinal sempre vai existir alguém pior ou melhor que você, eu, e qualquer outra pessoa.

Acho que esse parágrafo acima não é exatamente o melhor para finalizar, entretanto sei que entenderam o recado. Espero que o sabadão de vocês esteja melhor que o meu, da I., ou do Z.

Até mais pessoal, nos vemos quando der 🙂

Escrito ao som de: Post Malone – Go Flex

Cultura de internet?

Hoje acordei com a cabeça literalmente f***da, e em meio as incertezas que a vida me presenteou (pretendo falar a respeito em breve), eis que recebo uma luz!

Obrigado, I.

Bom, tendo em vista a minha mudança de humor e ganho de potencia de agir, não pretendo transformar esse espaço em uma espécie de muro das lamentações pessoal, afinal todos tem problemas e está uma tarde bonita lá fora, a jabuticabeira da firma está dando frutos e não vejo motivos para reclamar, ao menos não por enquanto.

Bom, mudando de assunto e ainda nessa pegada mais alto astral, estou rindo internamente com uns memes que acabei de lembrar. Primeiramente temos esse, que arrancou tantas risadas de um amigo, que acabei rindo junto até a barriga doer:

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Não consigo parar de rir auahuahauh

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Enquanto escrevia o post de ontem, fui procurar imagens da relação entre pais e filhos, eis que me deparo com essa gif maravilhosa. Só não virou capa do post anterior por ser extremamente pequena.

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Ainda na pegada dos Simpsons.

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Representação básica de como lido com meus problemas

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Não existe risada capaz de expressar o que senti ao encontrar esse aqui pela primeira vez.

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Ah Siqueira, como eu te adoro!

Bom, já chega de spamar memes na vida de vocês, eu acho que vou ali chupar umas jabuticabas enquanto observo os carros passarem. Como já disse o Tame Impala, a solitude é uma benção. Espero que tenham soltado ao menos uma risadola nesse meio tempo que passamos juntos. Nos vemos na madrugada.

 

Escrito ao som de: Tame Impala – Solitude is Bliss